terça-feira, 27 de janeiro de 2009

DRENAGEM LINFÁTICA MÉTODO PROPELI















































INTRODUÇÃO















A drenagem linfática manual é um método terapêutico que visa aumentar a capacidade de condução da linfa, pelos vasos linfáticos favorecendo assim, em muito, a distribuição de líquidos intracelulares. Os efeitos mais comumente encontrados são a diminuição do edema, melhora do grau de celulite, aumento da diurese e melhoras do funcionamento do intestino; diminuição da dor, diminuição do edema pós-operatório, equimoses e hematomas no pós-lipoaspiração.
A massagem de drenagem linfática manual é um método de massagem altamente especializado, realizado com pressões suaves, lentas, intermitentes e relaxantes, que seguem o trajeto do sistema linfático (Awada, 2003), mobilizando a linfa até os gânglios linfáticos. (Garcia, 2004). Ela drena o líquido acumulado em determinadas regiões, melhorando a circulação e a oxigenação desse tecido, seja abdome, coxa, glúteos, etc. (Bassalobre, 2004).






















OBJETIVO









A drenagem linfática tem por objetivo aprimorar algumas das funções do sistema linfático, trazendo vários benefícios, como redução de edemas linfáticos, edemas pós-operatórios, linfoedemas, celulite, retenção hídrica, acne, entre outros problemas. Ao mesmo tempo proporciona a regeneração e a defesa dos tecidos, aumentando a diurese e a eliminação de toxinas, desenvolvendo o equilíbrio do organismo. Tem como objetivo também avaliar os efeitos da massagem de drenagem linfática manual corporal em diversas patologias.






















CAPÍTULO I


DRENAGEM LÍNFATICA E SUA ORIGEM





O método de drenagem linfático foi descoberto pelo casal dinamarquês Estrid e Emil Vodder entre, 1932 e 1936. Dr. Vodder fisioterapeuta, começou experimentalmente a tratar pacientes acometidos de gripes e sinusites, manipulando seus gânglios linfáticos do pescoço através de movimentos suaves e rotativos; tornando-se um grande desafio do casal Vodder. Os trabalhos práticos em clientes forneceram a prova da viabilidade do método.(Winter, 1973).

A drenagem linfática pelo método Dr. Vodder utiliza pressões graduadas e constantemente alteradas, imitando as contrações próprias da musculatura lisa dos vasos linfáticos e acompanhando o ritmo dos mesmos; objetivando diretamente o aumento do volume de linfa admitido pelos capilares linfáticos e o aumento da velocidade de seu transporte através dos vasos e ductos linfáticos.

Atualmente a drenagem linfática manual está representada principalmente por duas técnicas: a de Leduc e a de Vodder. Ambas são baseadas nos trajetos dos coletores linfáticos e linfonodos, associando basicamente três categorias de manobras: 1) manobras de captação, 2) manobras de reabsorção e 3) manobras de evacuação. A diferença entre elas reside somente no local da aplicação.(GUIRRO, 2000, p. 74).

Captação: é realizada sobre o segmento edemaciado, visando aumentar a captação da linfa pelos linfocapilares.

Reabsorção: as manobras se dão nos pré-coletores linfáticos, os quais transportarão a linfa captada pelos linfocapilares.

Evacuação: o processo de evacuação ocorre nos linfonodos que recebem a confluência dos coletores linfáticos.

Leduc (2000) preconiza a utilização de cinco movimentos que, combinados entre si, formam seu sistema de massagem: drenagem de linfonodos, círculo com os dedos, círculo com o polegar, movimentos combinados (polegar e dedos), pressão em bracelete.(GUIRRO, 2000, p. 76).

Dentre as manobras de massagem propostas por Vodder, distinguem-se quatro tipos de movimento: círculos fixos, movimentos de bombeamento, movimento do “doador”, movimento giratório ou de rotação. (GUIRRO e GUIRRO, 2002, p. 77).











CAPÍTULO II

MÉTODOS DE DRENAGEM LINFÁTICA





O primeiro método a ser desenvolvido foi o Vodder, em 1932. Ele reparou que manipulando glânglios linfáticos de pacientes acometidos de gripes e sinusites, aumentava-lhes a imunidade. A partir destas observações, ele e sua mulher, Strid, desenvolveram uma seqüência de toques superficiais com efeito sobre a circulação linfática. Fundou a Associação Alemã para a Linfologia em 1966, atualmente com representantes em vários países.
Albert Leduc, em Bruxelas, procurou aprimorar o método. Sua metodologia e teorização ganharam preferência entre os fisioterapeutas e outros profissionais da Saúde em vários países, como os EUA.
Um motivo de preferência de alguns clientes pelo método Vodder, é o fato de o método Leduc se utilizar de manobras de bombeamento na virilha, próximo ao órgão genital. Um profissional no sentido estrito da palavra executa as manobras como devem, mas alguns clientes, mais reservados e inadvertidos, costumam não voltar para uma segunda seção. Um ponto a favor do método Leduc é a sua facilidade. Com bem menos manobras, o Leduc consegue a preferência de muitos, em especial na área da massoterapia estética.
Dominique Jacquemay incluiu novas manobras e procurou adaptar a circulação linfática aos meridianos chineses de energia, baseada no conceito de linfoenergia que desenvolveu. José Maria e Maria de Fatima de Godoy estudaram o sistema linfatico e propuseram um método de drenagem auto-aplicavel e com o uso de rolinhos de espuma. Foldi defende o caminho reverso, com certo uso no pós-cirúrgico. E, assim por diante, contribuções teóricas e práticas trazem propostas e amplitude à drenagem linfatica.
Confusão há porque algumas técnicas que utilizam força para promover a circulação da linfa. Enquanto todas as outras priorizam o toque suave sobre a pele e dão preferência aos quadros clínicos como os pós cirúrgicos, algumas linhas, priorizam as manobras fortes. Normalmente deixam partes tratadas doloridas e até com hematomas, coisas difíceis de ocorrer com os outros métodos.
Estas linhas voltam-se ao uso estético e se utilizam de manobras de massoterapia como fricção, amassamento e apalpamento profundo, que possuem ação estética. Os profissionais mais antigos reconhecem nestas linhas a tradicional massagem estética, talvez mais atenta a seguir a circulação da linfa, e recusam o nome de Drenagem Turbinada, como alguns as destacam.







































CAPÍTULO III


SISTEMA CIRCULATÓRIO E SISTEMA LINFÁTICO



O sistema sangüíneo está intimamente relacionado anatômica e funcionalmente ao sistema linfático. (Guirro e Guirro, 2002).

Sistema Circulatório

A função básica do sistema circulatório é a de levar material nutritivo e oxigênio às células. O sangue possui ainda células especializadas na defesa orgânica contra substâncias estranhas e microorganismos.

O sistema circulatório é um sistema fechado, sem comunicação com o exterior, constituído por tubos, no interior dos quais circulam humores. Os tubos são chamados vasos e os humores são o sangue e a linfa. Para que estes humores possam circular através dos vasos, há um órgão central – o coração, que funciona como uma bomba contrátil-propulsora. As trocas entre o sangue e os tecidos vão ocorrer em extensas redes de vasos de calibre reduzido e de paredes muito finas; os capilares.

Divisão do Sistema Circulatório

O sistema circulatório está constituído por:
1. Sistema sanguífero, cujos componentes são os vasos condutores do sangue (artérias, veias, e capilares) e o coração (o qual pode ser considerado como um vaso modificado);

2. Sistema linfático, formado pelos vasos condutores de linfa (capilares linfáticos e troncos linfáticos) e por órgãos linfóides (linfonodos e tonsilas).

3. Órgãos hemopoiéticos, representados pela medula óssea e pelos órgãos linfóides (baço e timo). (Dangelo e Fattini, 2000).

Sistema Linfático










O sistema linfático é composto por uma rede complexa de vasos e gânglios. Compreende as vias linfáticas e o tecido linfático ou linfóide; o tecido linfático está presente em certos órgãos como o intestino.(Gardiner et al., 1988). O líquido transportado pelos vasos linfáticos é chamado de linfa.

Diferente do sistema circulatório, o sistema linfático não apresenta um órgão central bombeador, além de ser microvasculotissular.

Esse importante sistema possui funções importantes como: retorno do líquido intersticial para a corrente sangüínea, destruição de microorganismos e partículas estranhas da linfa, e respostas imunes específicas, como a produção de anticorpos. (Guirro e Guirro, 2002).

Linfa

A linfa desempenha um importante papel no transporte de algumas substâncias, ajuda a eliminar o excesso de líquido e produtos que deixaram a corrente sangüínea, tendo ação imunológica, isto é, a linfa é enriquecida por anticorpos, funcionando como uma verdadeira “lixeira” do organismo. Quando o sistema circulatório e/ou linfático não cumpre corretamente suas funções, o corpo fica sobrecarregado por excesso de líquido que não consegue absorver. Na maioria dos casos, esse fenômeno se traduz por sintomas como celulite, retenção de líquidos, peso nas pernas e aparecimento de edema (inchaço), mais conhecido como linfedema. (Bassalobre, 2004).

O surgimento de edema está ligado à circulação linfática, seja diretamente em conseqüência do aumento do aporte líquido ou, indiretamente, em conseqüência de uma patologia linfática específica.

Em pessoas sedentárias ou com uma alimentação muito tóxica, a linfa é mais espessa e o fluxo se torna mais lento, levando a formação de edemas, celulites e até uma baixa imunológica geral.

Freqüentemente, essas diferentes causas de surgimento do edema são simultâneas, consideradas como uma patologia mista, na qual se observa uma insuficiência venosa ligada a uma insuficiência do próprio sistema linfático. A grande adaptabilidade do sistema linfático que drena normalmente cerca de 2 a 2,5 litros de linfa a cada 24 horas permite, caso necessário, a evacuação de até 20 a 30 litros em 24 horas. Em muitos casos, essa complacência da rede linfática permite evitar o edema. Diante disso, fica evidente que o edema é a prova de uma insuficiência linfática. ( Leduc, 2000).

A linfa absorvida pelos capilares linfáticos é um líquido claro e incolor, e divide com os outros líquidos extracelulares a responsabilidade de manter constante o meio interno do organismo. (Gardiner et al., 1988).

É formada por uma parte líquida e uma carga linfática obrigatória; a parte líquida se origina nos espaços intersticiais, sendo seu componente líquido o líquido intersticial, o qual se assemelha ao plasma sangüíneo, contem um número muito grande de leucócitos, linfócitos e muitas hemácias. A quantidade de líquido transportado pela linfa de pende das condições hídricas do tecido de origem, porém podemos definir esta quantidade como líquido excedente.

A carga linfática obrigatória é constituída por substância que precisam ser retirados do interstício para garantir a homeastase, os capilares linfáticos representam a única possibilidade de retirada.
Trata-se de macro-moléculas, principalmente de proteínas, mucopolissacarídeos, lipoproteínas, ácidos graxos complexos, mas também de bactérias e fragmentos de células.

A linfa também contém células de linfócitos (principalmente), granulócitos, alguns eritrócitos, macrófagos e eventualmente células cancerosas.(Winter, 1973).

Os linfócitos estão presentes em todos os tecidos linfóides, no sangue, no tecido conjuntivo, na linfa e na medula óssea; os linfócitos T são originados ou modificados no timo, os linfócitos B parecem originar-se na medula óssea. Os linfócitos exercem um papel importante na defesa imunológica. (Winter, 1973).

Os macrófagos originam-se de monócitos, e tem a capacidade de fagocitose. O fibrinogênio também está presente na linfa, e ele é responsável pela coagulação dessa linfa.

Durante o período de inatividade de uma área ou parte, o fluxo da linfa é relativamente lento. A atividade muscular provoca o aparecimento de fluxo mais rápido e regular. A circulação da linfa cresce durante o peristaltismo e também com o aumento dos movimentos respiratórios e da atividade cardíaca. Cresce com a elevação da pressão venosa, mas é pouco afetada pela elevação das pressões arteriais. Pode ser aumentada por massagem, movimentação passiva, e até certo grau, pelas pulsações das artérias adjacentes. A obstrução do fluxo da linfa de uma dada área tem como conseqüência o acúmulo, nessa área, de quantidades anormalmente grandes de líquido tecidual formando o chamado linfedema. (Gardiner et al., 1988).

A temperatura tem um papel importante sobre o sistema linfático; pois aumenta a freqüência das contrações rítmicas, o aumento da pressão hidrostática interna do segmento linfático aumenta tanto a freqüência quanto à intensidade da musculatura da linfa; a freqüência das pulsações aumenta sob o estímulo de neurotransmissores como, acetilcolina, adrenalina e noradrenalina.

Vias linfáticas

As vias linfáticas são compostas de capilares, vasos e troncos.

Os capilares linfáticos terminais tem uma estrutura peculiar adequada á sua função coletora, além disso, eles se unificam para formar os vasos linfáticos. Possuem grande permeabilidade, permitindo a passagem de água, proteínas, cristalóides, graças á sua estrutura especial.(Winter, 1973). São encontrados na maioria das áreas nas quais estão situados os capilares sangüíneos (Gardiner et al., 1988).

As vias linfáticas começam no tecido intersticial por uma rede de capilar que se encontra sempre na proximidade de capilares sanguíneos. Os capilares linfáticos unificam-se, formando vasos linfáticos que percorrem um ou mais gânglios linfáticos antes de se reunirem em troncos linfáticos. O ponto final das vias linfáticas é o ângulo venoso, onde os troncos linfáticos despejam a linfa para dentro da circulação venosa.(Winter, 1973). São divididas numa rede periférica que compreende os capilares e vasos linfáticos situados anteriormente aos gânglios linfáticos, e numa rede central que abrange todos os vasos linfáticos posteriores aos linfonodos. Elas têm grande importância no transporte de proteínas de alto peso molecular dos tecidos para os vasos (Awada, 2003). A rede de reabsorção é constituída pelos capilares linfáticos que coletam o líquido da filtragem carregados de dejetos do metabolismo celular. A progressão da linfa no nível dos capilares é facilitada por pressões exercidas pelas contrações dos músculos vizinhos e pela pulsação arterial.

Vasos Linfáticos

Os vasos linfáticos formam-se pela confluência de vários capilares linfáticos. Eles possuem válvulas que impedem o refluxo da linfa. Os vasos podem ser divididos quanto a sua função: capilares linfáticos capturam a linfa, pré-coletores linfáticos dão início à movimentação da linfa levando-a aos coletores linfáticos, de maior calibre, que transportam a linfa até os nodos linfáticos.

Linfonodos

A função essencial do gânglio linfático é a preservação do organismo contra qualquer agressão de substâncias estranhas. (LEDUC, 2000, p. 7). São considerados órgãos efetuadores das reações imunológicas, e se desenvolvem sob estímulo imunológico, principalmente através do canal alimentar; eles servem de reservatório para pequenos linfócitos, além de apresentarem condições ideais para sua multiplicação e diferenciação. (Winter, 1973).

Os gânglios linfáticos são chamados também de linfonodos, e se encontram no trajeto da corrente linfática, geralmente estão dispostos em cadeias, onde existem gânglios linfáticos superficiais e profundos. São estruturas imunologicamente ativas. Participam de dois mecanismos distintos de defesa imunológica do organismo: resposta humoral e resposta célula-mediadora. (Winter, 1973).

No homem existem cerca de 600 a 700 gânglios linfáticos, forma de feijão, esférica ou elepsóide.(Guirro e Guirro, 2002). Outras regiões que apresentam acúmulo de gânglios linfáticos são as axilas, virilha e região poplítea (região posterior do joelho). (Winter, 1973). O gânglio linfático é envolvido por uma cápsula de tecido conjuntivo fibroso, a qual contém uma musculatura lisa que possibilita a contração do linfonodo para o transporte da linfa. Neles existem células reticulares (fagocitose e pinocitose-absorção), macrófagos, plasmócitos e linfócitos médios que são fixos; e linfócitos pequenos que são móveis.(Winter, 1973).

Troncos Linfáticos

Os vasos aumentam progressivamente seu calibre e formam por último, os troncos linfáticos à esquerda o canal torácico e a direita canal linfático direito.

A circulação linfática após passar pelos vasos linfáticos retorna ao sistema sangüíneo através do ducto torácico

Os troncos linfáticos são: o ducto torácico, o ducto esquerdo e o ducto direito. O ducto torácico recebe a linfa dos membros inferiores e dos órgãos abdominais. Dirige-se em direção ao pescoço – diafragma, sobe pelo tórax adiante da coluna vertebral, na altura da clavícula faz uma curva para o lado esquerdo, passando próximo à artéria carótida esquerda, do nervo vago e da veia jugular interna, inclina-se para baixo para desembocar no ângulo venoso esquerdo (junção da veia subclávia esquerda com a veia jugular esquerda) e recebe a linfa do ducto linfático esquerdo. O ducto esquerdo é formado pela junção do tronco jugular esquerdo, que traz a linfa da parte esquerda da cabeça, com o tronco subclávio esquerdo, provindo do braço esquerdo. Os dois troncos reúnem-se pouco antes de penetrarem no ducto torácico. O ducto direito consiste na junção do tronco jugular direito com os troncos subclávio direito e brancomediastinal ascendente (que traz a linfa da parte superior do tórax direito. A junção dos três troncos dá-se próximo à clavícula).(Winter, 1973).

Transporte da Linfa

Contração dos músculos vizinhos: O aumento da pressão força uma maior quantidade de líquido para dentro dos capilares linfáticos, modificando a pressão interna do capilar, desencadeando uma seqüência de contrações, que também serão transmitidas para segmentos subsequentes. A intensa atividade muscular eleva também a temperatura da região, levando a um aumento das contrações da musculatura lisa dos capilares linfáticos.

A ação do diafragma sobre o transporte da linfa: A respiração provoca uma mudança de pressão na caixa torácica; onde na inspiração, esta se dilata e seu volume aumenta consideravelmente pela descida do diafragma, mudanças pelas quais estão acompanhadas por uma pressão negativa em relação à pressão atmosférica. Assim o vácuo parcial que se forma na caixa torácica não somente impele o ar para dentro dos pulmões, como também facilita o avanço do fluxo linfático.

A pulsação das grandes artérias: Os vasos linfáticos se encontram quase sempre nas proximidades dos vasos sangüíneos, de modo que a pulsação das grandes artérias repercute também nos vasos linfáticos, fatos este coadjuvante na motricidade dos vasos linfáticos. (Winter, 1973).

Órgãos linfáticos:

amígdalas (tonsilas), adenóides, baço, linfonodos ( nódulos linfáticos) e timo (tecido conjuntivo reticular linfóide: rico em linfócitos).

Amígdalas

(tonsilas palatinas): produzem linfócitos.
Timo:

órgão linfático mais desenvolvido no período prenatal, involui desde o nascimento até a puberdade.

Linfonodos ou nódulos linfáticos:

órgãos linfáticos mais numerosos do organismo, cuja função é a de filtrar a linfa e eliminar corpos estranhos que ela possa conter, como vírus e bactérias. Nele ocorrem linfócitos, macrófagos e plasmócitos. A proliferação dessas células provocada pela presença de bactérias ou substâncias/organismos estranhos determina o aumento do tamanho dos gânglios, que se tornam dolorosos, formando a íngua.

Baço:

órgão linfático, excluído da circulação linfática, interposto na circulação sangüínea e cuja drenagem venosa passa, obrigatoriamente, pelo fígado. Possui grande quantidade de macrófagos que, através da fagocitose, destroem micróbios, restos de tecido, substâncias estranhas, células do sangue em circulação já desgastadas como eritrócitos, leucócitos e plaquetas. Dessa forma, o baço “limpa” o sangue, funcionando como um filtro desse fluído tão essencial. O baço também tem participação na resposta imune, reagindo a agentes infecciosos. Inclusive, é considerado por alguns cientistas, um grande nódulo linfático.



Origem dos linfócitos:

medula óssea (tecido conjuntivo reticular mielóide: precursor de todos os elementos figurados do sangue).
· Linfócitos T – maturam-se no timo.
· Linfócitos B – saem da medula já maduros.
Os linfócitos chegam aos órgãos linfáticos periféricos através do sangue e da linfa.









LINFONODOS DA GLÂNDULA MAMÁRIA







CAPÍTULO IV


EFEITOS DA MASSAGEM DE DRENAGEM LINFÁTICA

As manobras de drenagem linfática exercem influência sobre algumas estruturas e funções biológicas, direta e indiretamente, tais como:
· Estimula a contração da musculatura lisa dos vasos linfáticos, aumenta a velocidade de transporte da linfa, aumenta a capacidade de processamento da linfa no interior dos gânglios linfáticos, melhora as condições de absorção intestinal, melhora a atuação do sistema nervoso vegetativo, aumenta a captação de oxigênio pelos tecidos, fornece a nutrição celular pelo maior aporte sangüíneo, fornece a eliminação dos produtos finais resultantes do metabolismo tecidual, aumenta a absorção dos nutrientes e princípios ativos através do trato digestivo, aumenta a quantidade de líquidos a serem eliminados.(Winter, 1973).

· Em conseqüência de todos estes fenômenos temos:
· Aumento do grau de hidratação e nutrição da célula, aumento da velocidade de cicatrização de ferimentos pelo aumento da vascularização arterial e venosa, aumento da capacidade de absorção de hematomas e equimoses, melhora do retorno de sensibilidade em cirurgias plásticas, diminuição de retenção de líquido nos tecidos prevenindo a formação de celulites, produz relaxamento. (Bassalobre, 2004).

· A drenagem linfática manual é indicada em;
· Linfedema primário e secundário, celulite, linfedema de braço posterior a mastectomia, edema pós-operatório e pós- traumáticos, problemas circulatórios, pós-cirurgia plástica, pós-lipoaspiração, sinusite, rinite e otite, enxertos, varizes e pernas cansadas, edemas da gravidez e síndrome pré-menstrual, enxaquecas, artrose, artrite e gota, tendinite;tratamento de acne e rosácea, envelhecimento cutâneo.(Winter, 1973; Guirro, 2000)



· As contra-indicações são:
· Trombose venosa profunda, tromboflebites, erisipela,infecção aguda, neoplasias malignas e diagnosticadas em atividade, insuficiência cardíaca congestiva (descompensada), história de hipertensão arterial e sintomas vagotômicos, asma brônquica de evolução grave e crises freqüentes, arteriosclerose em processo avançado, hipertireoidismo.(Winter, 1973; Guirro, 2000).











































CAPÍTULO


CELULITE – LIPODISTROFIA GENÓIDE
FIBROEDEMA GÉLOIDE




FIBROEDEMA GELÓIDE É: "a celulite, também chamada de lipodistrofia genóide, é uma alteração do tecido conjuntivo gorduroso caracterizada por nódulos e depressões subcutâneas provocando uma compressão dos vasos sangüíneos e linfáticos que dificulta a nutrição celular e favorece o acúmulo de toxinas celulares que deveria ser eliminado através dos vasos linfáticos".
Traduzindo... A celulite é sim uma doença causada pela falta de oxigênio das células de gordura. Se a circulação do sangue não está boa, nada entra ou sai das células como deveria. No caso das células de gordura, é como se "sem ar" elas fossem enrijecendo e juntando-se umas às outras.
As áreas mais atingidas pela celulite são glúteos, coxas, cintura, abdômen, joelhos e braços. Os homens, geneticamente, têm menos tendência a esta doença, mas da mesma forma, os que abusarem do sedentarismo, do cigarro, do álcool e dos alimentos gordurosos podem desenvolvê-la.
A celulite não tem cura, mas pode ser amenizada e ficar praticamente imperceptível em alguns casos. Para isso é preciso avaliar em qual grau se encontra a doença, procurar um tratamento, mudar os hábitos alimentares e fazer exercícios físicos. Quanto mais destes itens estiverem associados, melhor será o resultado. Os benefícios não são apenas estéticos, mas vêm associados com a melhora do bem estar e da disposição para enfrentar o dia.
A primeira coisa a fazer, é descobrir de onde vem a celulite e, é aqui onde se inicia o exame e a avaliação dos seus hábitos. A doença pode ser genética ou resultado do seu estilo de vida ou, ainda, pode estar associada ao mau funcionamento dos seus hormônios. A celulite apresenta 4 graus:
Grau 1: Existe um acúmulo de gordura dentro das células adiposas provocando discreta deformidade na área afetada quando submetida à pressão. Neste grau não há alterações circulatórias.
Grau 2: Aqui, as células gordurosas encontram-se mais volumosas provocando alteração circulatória pela compressão dos vasos sangüíneos e linfáticos, acumulando toxinas. Este inchaço faz com que as alterações na pele já sejam visíveis e palpáveis, sem dor.
Grau 3: Caracterizada pelo maior volume das células gordurosas e alteração do tecido conectivo com aparecimento de nódulos subcutâneos já visíveis na superfície da pele (pele em casca de laranja). Estas alterações provocam o endurecimento do tecido gorduroso, maior deficiência circulatória e maior acúmulo de toxinas. Ela pode ser dolorosa quando apertada. O tratamento, nesta fase, é mais difícil, pode-se alcançar o segundo grau, onde a celulite fica mais disfarçada.
Grau 4: Neste último estágio da celulite, existe uma completa desordem das células gordurosas e do tecido conectivo, ficando bastante endurecido e doloroso e, a circulação sangüínea já está bastante comprometida. Esse grau afeta mais as pessoas que já acumulam complicações de saúde como diabete e obesidade, mas ainda pode ser tratada e amenizada, melhorando a circulação na área afetada
TRATAMENTOS:
MesoterapiaA preferida e a que dá mais resultado na opinião dos médicos. São injeções subcutâneas de enzimas que dissolvem os nódulos gordurosos, ajudando a desfazer as fibras que repuxam a pele. Quem faz? Este tipo de tratamento deve ser exclusivamente feito por um médico. Quanto melhora? Pode trazer uma celulite grau 3 para grau 2 ou atenuar bastante as de grau 2. Para um bom resultado, indica-se de 10 a 12 sessões.
Drenagem LinfáticaÉ uma massagem que ativa a circulação e o sistema linfático, fazendo com que a célula tenha mais facilidade em se livrar das toxinas e dos radicais livres. Ela drena o inchaço causado pela celulite em torno das células de gordura. Quem faz? Geralmente um fisioterapeuta. (NÃO NECESSARIAMENTE)Quanto melhora? Ativando a circulação o inchaço diminui e pode haver uma perda de medidas. Este tipo de tratamento fica potencializado se associado à mesoterapia, pois o que uma "quebra" a outra " joga fora". Fazendo uma limpeza mais eficiente. Deve ser feita uma vez por semana durante o tratamento.
Ultra-somSão ondas sonoras aplicadas localmente que desestabilizam a membrana da célula. Isto faz com que as células de gordura se rompam com mais facilidade. Quem faz? Fisioterapeuta, médico ou esteticista. Quanto melhora? Este tratamento é indicado em conjunto com a mesoterapia, pois potencializa seu efeito e deve ser feito uma vez por semana durante o tratamento.
Aparelhos com Corrente Elétrica São microcorrentes elétricas aplicadas localmente. O único porém: elas podem causar dor. Quem faz? Geralmente uma esteticista. Quanto melhora? Atenua a celulite de graus 1 e 2 e a gordura localizada, tonificando em grau leve os músculos. Indica-se de 2 a 3 sessões por semana.
Endermologia É um aparelho que massageia profundamente a gordura, formando vácuo e, através da pressão, dissolve os nódulos de gordurosos e realiza drenagem linfática. Quem faz? Fisioterapeuta ou esteticista. Quanto melhora? Atenua a celulite e, ao fazer as células dissolverem e desinchar, diminui medidas. Recomenda-se de 1 a 2 meses de tratamento com 2 ou 3 sessões por semana.
Infra-Vermelho Queima gordura localizada. Quem faz? Geralmente uma esteticista. Quanto melhora? Desincha, diminuindo medidas. Por queimar gordura, atenua a celulite que nada mais é do que um aglomerado de células de gordura "doentes".




























































CAPÍTULO


MÉTODO PROPELI





“PROPELI” – PRODUÇÃO PERIFÉRICA DE LINFA

Método que procura “IMITAR” o “PROCESSO NATURAL”

A metodologia apresentada resultados surpreendentes e caracteriza-se pela objetividade e praticidade ,facilitando a atividade dos que trabalham nessa área.

A prática da drenagem linfática manual método Propeli (Produção periférica linfática) consiste em:

*PRESSÃO;
*DIREÇÃO;
*VELOCIDADE;
*MANOBRAS;
*CONDUÇÃO;
*TEMPO:
*BENEFÍCIOS.

PRESSÃO: Na DLM procura-se atuar nos tecidos mais periféricos forçando, por pressão, seus líquidos, intracelulares e intersticial a tornarem-se linfa que acabará impulsionando a linfa dos vasos mais profundos.

*NESTE MÉTODO A PRESSÃO É SUAVE

DIREÇÃO: Se consideramos as vias linfáticas como componentes da circulação de retorno usadas para “esvaziar” o interstício celular que não conseguiram sair pelos capilares sanguíneos (vênulas),deveríamos faze-la no sentido de colaborar com essa circulação.Significa então que temos de direciona-la para os gânglios principais

VELOCIDADE: Estipulou-se que ela deva ser lenta.1-para esperar os líquidos se transformarem em linfa, 2- a drenagem lenta pode apresentar benefício secundários.

MANOBRAS: Para entendermos as manobras e seus motivos necessitamos rever a parte anatômica e fisiológica do Sistema Linfático.
Estas manobras são superficiais, realizadas nos linfonodos.

CONDUÇÃO: Feita por manobras superficiais que devem pressionar somente os tecidos superficiais(tecido tegumentar e tecido adiposo) sem atingir a musculatura.Toda vez que um tecido superficial recebe um aumento de pressão(pode ser interna ou externa),forma-se linfa.Não é necessária uma condução visto que a linfa captura pelos capilares linfáticos,procurará os vasos profundos.

TEMPO: A DLMP é usada de modo ELETIVO. Escolhe –se a região do corpo que necessita da DLMP. Desta maneira ela poderá ser feita dentro do tempo limite.



TÉCNICAS DE DRENAGEM MANUAL MÉTODO PROPELI ( DLMP )




1.1 - A PRIMEIRA MANOBRA É NA CISTERNA DE PEQUET .COM SENTIDO HORÁRIO E MOVIMENTO CIRCULARES BOMBEIA LIBERANDO O LINFONODO “MÃE”.
* PODERÁ SER TRABALHADA UMA RESPIRAÇÃO DIAGRAGMÁTICA PARA O ESTÍMULO DA CISTERNA DE PEQUET.


1.2 - A SEGUNDA MANOBRA BOMBEAR NOS LINFONODOS DA REGIÃO POPLITEA

APÓS TER FEITO A “ LIBERAÇÃO” DESTES LINFONODOS VAMOS ENTÃO A DRENAGEM “CARREGANDO” A LINFA EM SEU CAMINHO NATURAL DO SISTEMA LINFÁTICO BOMBEANDO NO LINFONODO CORRESPONDENTE A ÁREA TRABALHADA.






DRENAGEM DOS MEMBROS INFERIORES E SUPERIORES
REGIÃO ANTERIOR

1.3.4 - DRENAR DA REGIÃO DO JOELHO A COXA “CARREGAR’ ATÉ O LINFONODO DA REGIÃO INGUIAL E ESTIMULAR OU BOMBEAR.


1.5.6 - ESTIMULAR OS LINFONODOS DA REGIÃO MALEOLAR DRENAR MOVIMENTANDO A LINFA EM DIREÇÃO A REGIÃO DA POPLÍTEA BOMBEAR OS LINFONODOS DA REGIÃO POPLÍTEA.
1.7 1.8
1.7.8 - CHEGADA A LINFA NA REGIÃO POPLITEA , MOVIMENTA-LA DIRECIONANDO – A PARA A REGIÃO INGUINAL, ESSE MOVIMENTO TEM INÍCIO NA PARTE INTERIOR DA COXA




1.9 1.10

1.9.10 - BOMBEAR O LINFONODO DA REGIÃO DO PUNHO “CARREGANDO A LINFA PARA O LINFONODO BRAQUIAL

1.11. 1.12

1.11.12 - CARREGAR A LINFA MOVIMENTANDO – A ATÉ A REGIÃO AXILAR. ESTIMULANDO OS LINFONODOS AXILARES.




1.13

1.13 - ESTIMULAR A REGIÃO DA TIREÓIDE , ÂNGULO VENOSO OU TÉRMICO CARREGANDO A LINFA DE DENTRO PARA FORA DIRECIONANDO AOS LINFONODOS AXILARES BOMBEANDO-OS

1.14 .

1.14 - DRENAR NA REGIÃO INFERIOR A MAMA , CARREGANDO A LINFA A REGIÃO DOS LINFONODOS AXILARES BOMBEANDO-OS


1.15

1.15 - CARREGAR LINGA DA REGIÃO ABDOMINAL VIRANDO A MÃO DIRECIONANDO A LINFA PARA OS LINFONODOS DA REEGIÃO INGUINAL (VIRÍLIA)



1.16 1.17

1.16.17 - APÓIE OS DEDOS NA REGIÃO DO QUEIXO E DESLIZE-OS ATÉ ATRÁS DAS ORELHAS
COMO MOVIMENTO FINAL APÓIE A POLPA DOS SEUS DEDOS SOBRE A REGIÃO DAS TÊMPORAS E FAÇA MOVIMENTOS CIRCULARES.


DRENAGEM MEMBROS INFERIORES E SUPERIORES

REGIÃO POSTERIOR





1.18 1.19

1.18.19 - BOMBEAR O LINFONDO MALEOLAR E CARRREGAR A LINFA EM DIREÇÃO A REGIÃO DO LINFONO DA FOSSA POPLÍTEA.






1.20


1.20 - CARREGAR A LINFA DA REGIÃO POPLÍTEA AO LINFONODO INGUINAL INFERIOR.

1.21 1.22

1.21.22 - DRENAR A REGIÃO LATERAL EXTERNA DA COXA CARREGANDO A LINFA ATÉ AO LINFONODO INGUINAL INTERNO POSTERIOR.


1.23

1.23 - A DRENAGEM FEITA NA REGIÃO DAS COSTAS E FEITA CARREGANDO A LINFA PARA OS LINFONODOS DA REGIÃO AXILAR BOMBEANDO – OS


1.24


1.24 - BOMBEAR OS LINFONODOS DO PESCOÇO APÓS PUXAR A LINFA DA REGIÃO DO OMBRO.



COLOQUE A CLIENTE SENTADA DE FORMA CONFORTÁVEL PARA QUE SE POSSA DRENAR A REGIÃO POSTERIOR DE MODO A CARREGAR A LINFA PARA OS LINFONODOS CORRESPONDENTE BOMBEANDO – OS .


1.25

1.25 – a - POSICIONE AS DUAS MÃOS UNIDAS SOBRE A CLÁVICULA E DRENE A LINFA PARA FRENTE EM DIREÇÃO AOS LINFONODOS AXILARES.

1.25 – b - POSICIONANDO A MÃO NA CINTURA DRENE A LINFA PARA A REGIÃO FRONTAL ( ABDOMEM ) CARREGANDO A LINFA PARA O LINFONODO UNGUIAL BOMBEANDO.

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